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quarta-feira, abril 14, 2004

A revolta pascal e o estado de Grazia.


Como têm reparado, O Criador tem estado ausente. Nesta coisa da época pascal é de evitar aparições, não vá às vezes confundirem-se os protagonistas desta saga de ostias, peixe cozido com batatas e filmes bíblicos. A culpa não é Deste Criador.

Como sabem tenho andado empenhado no ajuste de contas com Ele. E o facto de se ter metido a Páscoa, tirou-nos um bocado de tempo para "a bulha". Ele diz que não anda para zaragatas e pediu-me para ser paciente com Ele. Eu de misericordioso não tenho nada, mas também não tenho nada contra quem o é. E por isso, lá cedi, mesmo consciente de que estou a a ficar um mole...

Mas como a discussão já ia lançada, Ele não foi de modas. Quis ao mesmo tempo dar-me uma ensinadela e ver se me amolecia. E qual foi a arma da revolta pascal? Filmes bíblicos ao chuto! Levamos, duma assentada, com o "José", com "Os dez mandamentos" e com a "Maria Madalena". Mas como dias antes tinhamos levado com a pila do Marco na TVI, já estávamos anestesiados contra a depressão.

Mas este último filme ("Maria Madalena") prendeu, pela segunda vez, a minha atenção. Não só porque respeito as mulheres que vendem atributos físicos para singrarem na carreira, mas porque é um filme curioso. Ou foi isso ou foi por causa da personagem Madalena ter sido interpretada por Maria Grazia Cuccinota, que é o nome de um dos melhores trios de protagonistas da história do cinema. Talvez por isso esteja entre as favoritas de Woody Allen.

Mas tirando o facto de raramente a voz bater certo com a imagem, o que me marcou mais foi reparar que este é o primeiro filme de sempre cuja banda sonora se resume a um single.

Do princípio ao fim da película, somos presenteados com uma música em que o choro de um violino é o centro da melodia e que, em termos de potencial de incentivo ao suicídio, só é batida pela Dulce Pontes.

Quanto ao meu assunto com Deus, terminada esta quadra, vou voltar à carga com mais algumas alíneas do "processo".
Fiquem por aí.


Religiosamente,
O Criador
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