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quinta-feira, março 25, 2004

The horror show.

Demasiado se fala sobre o sensacionalismo constantemente presente nos media e do recurso ao hediondo como o grande engodo da pesca audiométrica.

Na técnica do horror a TVI é, destacadamente, liderante e pioneira.

Por isso, não entendo a razão de tanta excitação em torno do programa da noite de ontem, em que a guest star era um comedor de homens. E por comedor de homens não me refiro ao Carlos Castro. Era mesmo um indivíduo com o tique ligeiramente anti-social de se alimentar de carne humana.

Eu nada tenho a opor a psicopatas e outro tipo de sanguinários. O que eu defendo é que, para honrar a tradição, era preciso muito melhor. E a TVI já provou anteriormente ser capaz de chocar à séria.

Começaram com as pernas da Teresa Guilherme, os dentes do Rui Vasco Neto e as gengivas da Pimpinha Jardim que lhe dão aquele sorriso à bife do vazio. Foram os primeiros a fazer apresentadores a partir de cantoneiros e artistas a partir de delinquentes.

Se me perguntam se o programa me chocou, a minha resposta é: Com toda a certeza! Mas foi mais pela apresentadora do que pelo homem em dieta forçada. A Júlia Pinheiro é muito mais agressiva e intimadora do que qualquer canibal vivo.

Arrepiante não é um homem que come carne humana, mas sim um que coma cabeça de pescada com vagens. Ou aquele que anda comer a Teresa Guilherme. Grande testemunho por explorar, esse!

Apavoradamente,
O Criador
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