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quarta-feira, abril 28, 2004

Um ídolo em Belém.

É difícil não reparar que, hoje em dia, sempre que é preciso escolher um português seja para o que for, faz-se um reality-show ao género "Ídolos". Foi assim para o Festival da Canção, é assim para escolher jogadores de futebol e agora até para eleger a Miss Portugal.

Neste último caso, é grave por duas razões:

Em primeiro porque nos obriga a ver um verdadeiro desfile de badejos mal vestidos e em segundo porque obriga jovens com algum potencial (para secretárias de executivo e similares) a ouvir os desaforos de 4 pessoas claramente desavindas com a vida.

O primeiro de todos, um grosseirão tripeiro e careta, que mesmo quando sóbrio não diz a bota com a perdigota e ri como quem se entalou com uma garfada de arroz de pato.

A seu lado, uma pseudo-elitista de cabeça amarelo-torrado, feia, amarrecada, pedante e de feições dignas de inspirar o criador dos "Amigos de Gaspar".

A seguir a esta, uma outra senhora, mas empalhada. Ou então não mexe o pescoço para não estalar a pele com a secreta esperança de que, num volt face inesperado, acabe por ser ela a eleita.

Por último, um batráquio balofo, com figura de quem cheira mal, com uma indumentária que um taxista recusaria e um polimento semelhante ao de um touro ribatejano que procura vingança duma estocada de ferro curto. Um homem que, nitidamente, passou a sua juventude a ver os amigos levar a melhor com as miúdas e cuja relação amorosa mais intensa foi com uma revista importada.

Mas voltando ao raciocínio inicial, é notável reparar como 4 grosseirões são o quanto baste para determinar a forma como Portugal é representado no estrangeiro... E isto trouxe O Criador a uma ideia pioneira e de sucesso assegurado para um programa da TV do estado:

ÍDOLOS DA NAÇÃO

Com um conceito em tudo semelhante aos demais programas, mas com o objectivo de eleger o novo Presidente da República.

Os 4 elementos do júri seriam:

1º - Cláudio Ramos - O 6º SENTIDO. Para avaliar a elegância e a forma de estar entre os VIP’s. Aspecto determinante para quem convive com as mais proeminentes figuras mundiais

2º - General Ramalho Eanes - O TÉCNICO. Avaliará critérios incontornáveis como o sentido de estado, a capacidade de veto, a colocação de voz e a verticalidade intelectual e física.

3º - Luísa Castelo Branco - O BRONCO. Tem a função, sempre importante neste tipo de programa, de levar os concorrentes à loucura, com comentários arruaceiros e gratuitos.

4º - Miguel Sousa Tavares - O ARTILHEIRO. Um pouco à semelhança do anafado das Miss’s tem como função fazer cara de nojo e correr da sala com aqueles que se recusam a comer e calar.

Escolhido que está o júri, explico a mecânica do concurso. Cada concorrente terá de fazer 4 pequenas provas: Rasgar o cartão de militante do respectivo partido, escolher uma Primeira-Dama de entre alguns modelos disponíveis, cumprimentar e saudar correctamente um homólogo e proferir um pequeno discurso dirigido à nação.

Claras que estão as regras, que entrem os concorrentes:

1º Concorrente

MST: Como é que te chamas?
Concorrente: Rosas Senhor. Fernando Rosas.
LCB: Olha lá, pá! E tu vens para aqui bêbado?
Concorrente: Não, é que eu sou alérgico ao pó
RE: Se o menino não sabe caminhar em modos, não tem condições para passar revistas às tropas não é? E sabe que isso é importante. Além do mais, falou do 25 de Abril sem referir o 25 de Novembro. Por mim não passa.
CR: Olha, eu até gosto de ti, porque és cheínho e fofinho, mas tens a pele muito estragada, sabes? Tem paciência...
MST: Oh balofo, já percebeste não já? Põe-te lá andar daqui para fora antes que te dê um chuto no cú. E ninguém chamado Rosas vai governar o meu país!


2º Concorrente

MST: Diz lá o teu nome e donde vens, puto!
Concorrente: Paulo Portas e venho de Lisboa.
MST: Para já sabes bem que já não és propriamente português, não é? E depois andas muito penteadinho e alinhadinho para o meu gosto. Não tens o mínimo perfil.
RE: Bom, eu tenho de admitir que gostei da tua postura e admirei o apelo às armas que fizeste no teu discurso. O único defeito é a tua altura, mas passas à próxima fase.
LCB: Não me perguntes porquê, mas eu acho-te um miserável. Já vi cães com mais categoria do que tu. Deves ser parvo, para estar aqui. Eu tinha vergonha!
CR: Eu também gostei deste. É querido. Só acho que fatos beijes e camisas azuis com colarinhos e punho brancos, não se usam desde o tempo do Mário Soares... E eu detesto gente "out".

3º Concorrente

CR: Oh fofo! Diz-me o teu nome!
Concorrente: Carlos Castro.
LCB: Posso-te perguntar porque é que escolheste o teu homólogo para Primeira-Dama?
Concorrente: Ai que horror, onde é que eu estava com a cabeça? Acho que estou nervosa!
CR: Eu gostei muito de ti. És muito agradável e conversador e isso é bom. Vestes bem e és muito expressivo. Falas muito com as mãos. És até agora o meu preferido!
RE: Devo dizer-lhe que achei de muito mau gosto dançar durante um discurso à nação e a ideia do eye-liner num chefe de estado, não me agrada.
Concorrente: Era uma homenagem à grande Maria de Lurdes Pintassilgo...Adoro-a!
MST: Pois é, banhas! Mas isto não é um concurso de imitações. Põe-te a abrir antes que te parta a cara!

Criativamente,
O Criador

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quinta-feira, abril 22, 2004

O maior cego é o que não quer ver.


Ilídio Precavido era um sujeito anormalmente perspicaz. Por detrás dos seus óculos com lentes photogrey conseguia pelo rabo d’olho ver aquilo que aos outros passava despercebido.

Com queda para deslindar conspirações, Ilídio cresceu espantando tudo e todos com as suas brilhantes conclusões. Uma noite de conversa no café era o suficiente para deixar a aldeia em alvoroço e para fazer cair o Executivo da Junta na manhã seguinte.

Ilídio fez-se um grande homem, dedicando toda uma vida à dissecação dos factos, aos recortes de jornal e à descoberta das verdades por trás das verdades.

Aos 23 anos revelou, a posteriori, que na Revolução de Abril tinham havido interesses por parte de alguns intervenientes, deixando os amigos perplexos. Aos 17, já havia descoberto que seu pai nunca tinha aprendido a jogar à lerpa e que em casa do compadre ninguém se deitava às 3 da manhã.

Da mesma forma, viria um dia a concluir que Lena, sua respeitável "esposa", jamais havia participado numa reunião Tupperware.

Foi igualmente munido deste instinto Sherlockiano que, mais recentemente, Ilídio surpreendeu as colegas da repartição ao explanar e fundamentar a sua irrefutável teoria de que o Presidente norte-americano havia arruinado as Torres Gémeas para poder deitar as garras no petróleo do Médio Oriente.

Aquando da detenção de Carlos Cruz, Precavido foi dos poucos que não se mostraram surpreendidos. Aliás, bastava juntar as peças: o suspeito tem uma mulher muito mais nova e apresentou um programa no qual entrevistava, a sós, algumas das crianças mais interessantes do país.

Quem conhece bem Ilídio Precavido, sabe que as respostas às grandes perguntas moram algures em Rio Tinto num T1 à beira da estação. Ilídio não dorme em serviço...

Por tudo isto, não é de surpreender que este herói tão português, tenha sido o primeiro a avançar (em directo no "Bancada Central" da TSF) que o verdadeiro responsável pela detenção do Major é o Presidente da Câmara de Gaia, cidade mãe dos Dragões Sandinenses, que estão a 4 pontos do Gondomar na discussão da subida à Divisão de Honra.

Oh meus amigos, só não vê quem não quer ver...!



Perspicazmente,
O Criador

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quarta-feira, abril 14, 2004

A revolta pascal e o estado de Grazia.


Como têm reparado, O Criador tem estado ausente. Nesta coisa da época pascal é de evitar aparições, não vá às vezes confundirem-se os protagonistas desta saga de ostias, peixe cozido com batatas e filmes bíblicos. A culpa não é Deste Criador.

Como sabem tenho andado empenhado no ajuste de contas com Ele. E o facto de se ter metido a Páscoa, tirou-nos um bocado de tempo para "a bulha". Ele diz que não anda para zaragatas e pediu-me para ser paciente com Ele. Eu de misericordioso não tenho nada, mas também não tenho nada contra quem o é. E por isso, lá cedi, mesmo consciente de que estou a a ficar um mole...

Mas como a discussão já ia lançada, Ele não foi de modas. Quis ao mesmo tempo dar-me uma ensinadela e ver se me amolecia. E qual foi a arma da revolta pascal? Filmes bíblicos ao chuto! Levamos, duma assentada, com o "José", com "Os dez mandamentos" e com a "Maria Madalena". Mas como dias antes tinhamos levado com a pila do Marco na TVI, já estávamos anestesiados contra a depressão.

Mas este último filme ("Maria Madalena") prendeu, pela segunda vez, a minha atenção. Não só porque respeito as mulheres que vendem atributos físicos para singrarem na carreira, mas porque é um filme curioso. Ou foi isso ou foi por causa da personagem Madalena ter sido interpretada por Maria Grazia Cuccinota, que é o nome de um dos melhores trios de protagonistas da história do cinema. Talvez por isso esteja entre as favoritas de Woody Allen.

Mas tirando o facto de raramente a voz bater certo com a imagem, o que me marcou mais foi reparar que este é o primeiro filme de sempre cuja banda sonora se resume a um single.

Do princípio ao fim da película, somos presenteados com uma música em que o choro de um violino é o centro da melodia e que, em termos de potencial de incentivo ao suicídio, só é batida pela Dulce Pontes.

Quanto ao meu assunto com Deus, terminada esta quadra, vou voltar à carga com mais algumas alíneas do "processo".
Fiquem por aí.


Religiosamente,
O Criador
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terça-feira, abril 06, 2004

Mas quem é que Deus pensa que é?


Muita gente, por esse mundo fora, faz coisas incríveis para ter um pequeno sinal da presença de Deus. Todos querem falar com Ele. Mas, ao contrário da Alexandra Solnado, O Criador não só fala, como se dá ao luxo de discutir com Ele. E sobre os mais diversos temas. Seja sobre realidades da génese humana que carecem de explicação, seja sobre o caso Scolari / Vítor Baía ou até sobre as coisas que Lhe correram mal e de que Ele evita falar, como o Jorge Coelho. Alguém tem de O chamar à razão de quando em vez.

Bem sei que neste momento, muitos de vós, estarão a dizer que isto não se faz. E eu até concordo. Não devemos meter-nos com os mais pequenos. Mas só há dois no mundo universalmente considerados como "O Todo Poderoso". (Mais tarde explico o porquê de ter deixado de fora o Mourinho). Se não for Ele, quem mais merece o meu tempo?

Mas o facto de Ele ser quem é, não me impede de pedir justificações sobre algumas coisas que há algum tempo me andam a incomodar. E tudo começa 9 meses A.C..

Eu bem sei que Deus tinha de pôr o filho no mundo e que este pessoal andava a precisar dum exemplo de coragem, sofrimento e sacrifício. Aliás, um irmão mais novo vinha mesmo a calhar nesta altura. E sei que Ele fez tudo com o maior respeito e a melhor das intenções. Mas quer Ele queira quer não, o que é facto é que usou a mulher do próximo. Não no sentido pecaminoso da coisa, porque todos sabemos que isto são assuntos sagrados e respeitáveis. Mas a realidade é que privou o pobre José de uma vida normal.

Dum momento para o outro, o homem vê-se numa alhada pior que a da Família Real Inglesa. Todo o mundo à porta do presépio e eles a terem de se escapar à socapa, daquele bando de paparazzis barbudos. Ainda para mais, com um miúdo sobredotado, numa altura em que Ensino Especial era um conceito mais rebuscado que a Nova Democracia.

Eu não teria feito assim.


E as finanças senhor?

Falar em Deus também é falar em números. E no que a contas diz respeito, há explicações que nos são devidas e que ninguém tem exigido. Este é o papel que O Criador desempenha na sociedade. É uma espécie de delegado sindical da humanidade, que intervém para defender os direitos daqueles que representa e que nunca trabalha à sexta-feira.

Por esse mundo fora, seja sob a forma de pequenas esmolas ou através de generosos dízimos, várias igrejas recolhem contribuições para O Senhor. Ora eu quero saber se esse dinheiro chega lá acima e para que serve? Marcação de reservas? Restauro de nuvens?
Em primeiro lugar exige-se um Plano e Orçamento Divino, bem como um Relatório e Contas do Além. É o mínimo! Para além disso, as contribuições deveriam, obrigatoriamente, ser dedutíveis. E para isso é preciso facturinha, se faz favor...

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Esta é apenas a primeira parte dum ajuste de contas que já tardava. De quando a quando, irei actualizar a informação acerca do decorrer desta discussão que julgo ser do vosso total interesse.


Humanamente,
O Criador
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sexta-feira, abril 02, 2004

O pós 1º de Abril.

O Criador confessa que esta coisa do Livro não foi apenas uma mentira de 1º de Abril, mas antes uma espécie de futurologia. Acredito que, com tanto lixo que por aí se publica, qualquer dia vemos editado o nosso livro de receitas ou até mesmo a Enciclopédia Infantil do Terrorismo Literário pelos Ondulados. Tudo é possível.

Só espero nessa altura ter o mesmo tratamento que o Saramago. Quero ser censurado e ostracizado, para poder fugir para Espanha, no sentido de ter uma melhor posição para então, definitivamente, conquistar Portugal. Sempre que alguém conquistou alguma coisa boa portuguesa, esse alguém veio daquele lado... Vejam o caso da mulher do D. Duarte.

Assim, no papel de vítima de uma sociedade fechada, poderei ser senil, feio, parvo e inconveniente, deixar de usar pontuação e, ainda assim, ser considerado genial. Só não me peçam para ser comunista! É por essas e por outras que eu prefiro o outro Saramago. O gorduncho de barbas, director da Epicur, que é viciado em charutos e um ganda latagão!

No entretanto, quero agradecer a'O que Opina por ter acreditado, mesmo consciente de que era 1 de Abril, que essa publicação era possível. Tem-nos em muito boa conta este homem!

No fundo, esta brincadeira foi só para ganhar tempo, enquanto não fica pronto aquele que poderá ser o post do tudo ou nada dos Ondulados. Um post que põe de uma vez por todas, frente a frente, O Criador com O outro... Sim O outro...

Como pista, avanço o título da peça:

"Mas quem é que Deus pensa que é?"

Isto pode ser o nosso fim. Ou então o princípio da censura. E a abertura de um grande caminho. Podemos estar perante um Rushdie português, mas de aspecto menos porco.

Para preparar caminho, decidi que não falava mais com o Bispo de Braga . E não falei mesmo.


Confiantemente,
O Criador






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quinta-feira, abril 01, 2004

Socialismo...

"A beleza devia ser proibida ou então partilhada"
Barrabás Amaral.

Pois é! Barrabás parece fascista, mas não o é! Pelo menos não completamente! No que toca às questões do acesso à beleza feminina, considera-se um homem bastante progressista, marxista, leninista e um nadinha estalinista. Só uma revolução resolveria o problema dos que não têm nada, em contraponto àqueles que têm tudo. "Paz , Pão, Habitação, Saúde e Educação" é um estandarte rompido e sem remendo possível. Como tal, Barrabás avança já com um estandarte novinho em folha para um PCP que precisa de renovação. Aproveitem camaradas que este é de graça!

"Mulata, Loira ou Morena
o que quiseres tá à vontade!
O povo é que mais ordena.
É uma questão de igualdade.

Em cada esquina uma amiga,
cada rosto uma beldade!
Se a tua é uma morena,
A minha é loira de verdade!

À sombra de uma palmeira,
Seus dezoito anos de idade!
Era uma brasileira
De livre e espontânea vontade.

Se queres uma gaja boa,
E a Odete não te agrada!
Não dói nada nem magoa,
Vota em nós ò Camarada!"

Estão a ver como é possível escrever algo sobre o PCP sem a clássica brejeirice com a dita dura do proletariado!
Imaginem agora que se dava uma revolução comunista e era preciso confiscar as mulheres bonitas deste país para bem do processo revolucionário. Atentem a esta simulação:

Camarada Carvalhas - Camarada João Gil! Tem três minutos para nos abrir a porta e nos entregar a menina Catarina! Ordens do Conselho de Revolução!

Camarada João Gil - Mas... Ela é a mulher que eu amo!

Camarada Carvalhas - Camarada! Amar é coisa de burguês! A menina Catarina agora é do povo! Não conspire contra o Comité Central!

Camarada Catarina - Vão embora, seus vermelhões feios! Vão chatear o Manuel Maria Carrilho!

Camarada João Gil - Boa Ideia!

Camarada Carvalhas - Muito bem! Mas isto não fica assim. Antes de irmos ao Porto buscar a Merche Romero, passamos aqui!

Ideologicamente

Barrabás Amaral

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Antes de dar início a um novo "Exercício de Pulhice Literária", Barrabás Amaral gostaria de esclarecer uma coisa:
Quem já teve a oportunidade de passar os olhos pelo "Tríptico"(Ondulados; Errata do Apocalipse; Envelopes e as Ventoinhas), decerto reparou que há um novo conceito de terrorismo em gestação. O grande objectivo de qualquer um destes blogs é, claramente, espalhar o caos e o terror através das palavras. Cada um dos seus autores e intervenientes tem consciência da sua missão, esforçando-se para que cada uma das suas palavras seja a perigosa bomba caseira que vai, de forma impiedosa, mutilar a reputação dos ignaros que povoam e poluem este nosso País.

Isto não é para rir!

Mas o terrorismo por si só não significa nada, se não houver um fundo ideológico que o sustente e o legitime!
Fillipo Tomaso Marinetti(um fascista admirável), no seu Manifesto Futurista, disse: "A guerra é a higiene do mundo!". Destruindo esta civilização que assenta no Entertainment Rançoso e na Política de Associação Recreativa, podemos então aspirar por uma que nos satisfaça em plenitude. Este blog não só é muito sério, como presta um serviço válido a uma elite de pessoas de categoria e riqueza humana idêntica à dos seus autores.

O Pecado Estético.

Sempre contribuindo para uma sociedade melhor, Barrabás Amaral apresenta um conjunto de soluções para acabar de uma vez por todas com os pecados estéticos, tão repugnantemente visíveis na nossa sociedade:

- A criação de um novo departamento da Polícia Judiciária, a que se chamaria: "Unidade de Combate ao Pecado Estético e Afins". Esta nova medida tomaria dois caminhos de acção diferentes:
Polícia de Choque(equipada convenientemente para o efeito - escudos, capacetes, bastões, gás lacrimogéneo, etc.), que actuaria em situações de extremo mau gosto popular(claques de futebol que usem bonés e blusões, manifestações contra as propinas no Ensino Superior, jantares de turma do 12º ano, magotes de jovens em salas de cinema ao domingo à tarde, etc.), a violência seria usada indiscriminadamente e sem aviso prévio. Tudo isto seria encarado de um ponto de vista pedagógico, dentro de uma dinâmica conhecida por: "Levas no focinho até aprenderes!".
Polícia Científica Especializada, que ficaria responsável por investigar grupos perigosos e suas movimentações. A Federação Académica do Porto, a Organização da Electro Parade e a CGTP, seriam casos de prioridade imediata.

- Elaboração de um Índex, à boa moda da saudosa Santa Inquisição. Esta lista reuniria todos os livros de leitura e publicação proibida. Sabe-se que são altamente prejudiciais para a saúde mental de quem os lê. Ficam aqui alguns dos mais perigosos:

"Crónicas da Margarida" - Margarida Rebelo Pinto;
"A Rainha da Noite - Biografia de Rute Briden" - Carlos Castro;
"A Queda de Um Homem" - Miguel Angelo;
"A Mala de Cartão" - Linda de Suza;

- Coimas que poderão ir de 120 a 500 euros para todos os telespectadores fiéis das novelas da TVI. Aqueles que tiverem a audácia de tentar assistir ao "Inspector Max", ser-lhes-á confiscado o aparelho de televisão.

- A família "Câmara Pereira" seria aconselhada a abandonar o país e exilar-se na Monarquia mais próxima. Se, por ingratidão, o "conselho" não fosse acatado, todos os elementos desta "tribo" seriam submetidos a um corte de cabelo radical: O PENTE ZERO!

- João Braga(que nojo!), Tomás Taveira(sim esse!), Luísa Castel-Branco(a mulher da verruga!), Júlia Pinheiro(aquela voz não se admite!) e o argumentista dos "Malucos do Riso"(quando vejo tenho vontade de chorar!) seriam presos, julgados e condenados. Mas como Barrabás acredita que a prisão deve ser um local de reabilitação para posterior reintegração na sociedade, estes criminosos teriam direito a formação profissional especializada. Cursos para Técnicos de Estações de Tratamento de Águas Residuais e tudo que fosse abaixo disso seria o indicado.

- José Castel-Branco seria vergastado em Praça Pública, amarrado a um Pelourinho qualquer, para servir de exemplo ao povo!


Ficam aqui algumas sugestões para a resolução do problema do lixo civilizacional que há anos se amontoa à frente dos nossos olhos. Barrabás agradece que os frequentadores deste blog sejam participativos e deixem as suas sugestões também.

Sempre a pensar no bem estar do próximo,

Civicamente

Barrabás Amaral.

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Um dia Feliz para os Ondulados do país!


Por vezes, nesta coisa dos blogs, perdemos a noção do alcance que a comunicação do "um para muitos" pode ter.
É certo que, apesar do terrorismo literário ser uma coisa dum muito restrito grupo de amigos, logramos já atingir as 360 visitas em menos de um mês. No entanto, isso é uma diminuta migalha do bolo de blogo-dependentes. Tenho vergonha das 360 visitas se tomarmos por padrão blogs dos quais não entendo a essência, mas que alcançam números exacerbados. E estamos a falar de blogs que, elogiosamente, podemos considerar no máximo como hooliganistas. Nada de Terroristas ou Fundamentalistas como o nosso.

No entanto, como em publicidade, o importante não é a quantos comunicamos, mas sim a quem comunicamos.
Vocês são o target que sempre desejamos. Não importa se os nossos leitores não são mais de 20. Com cocktails molotov, fisgas, línguas afiadas e o vulgarmente chamado "feitio cabrão", o mundo é pequeno para nós.

O facto de sermos poucos só prova o que já sabíamos: o mundo está mal, meus fieis, e só este pequeno grupo é iluminado pel'O Criador.

No entanto há missionários que, por tomarem conta de posições estratégicas dentro desta civilização quase perdida, têm o poder de catapultar a nossa sociedade secreta a níveis verdadeiramente demolidores. Ora um destes mensageiros da Palavra d'O Criador, deu por isso início àquilo que pode tornar-se um tumulto de proporções épicas e do qual nos poderemos todos orgulhar.

Estou a falar-vos de nada mais, nada menos, que:

ONDULADOS - O Livro !!!!!

Ok, ok! Limpem as lágrimas de felicidade e parem de agradecer de joelhos a'O Criador. Eu não tenho culpa de que haja alguém suficientemente louco para acreditar que esta poderá ser uma boa ideia, mas tenho o prazer de ter estado ontem, juntamente com o Mestre Barrabás, na reunião que ditou esta mudança do Mundo. Aliás, foi este último o grande impulsionador e o elo de ligação com a Editora cujo nome não estou autorizado a revelar mas que, tal como os próprios Ondulados, é alternativa e subversiva quanto baste!

Se as negociações correrem da forma que gostaríamos, esta edição (a publicar lá para o final do ano) terá uma capa em cartão canelado (típica chalaça comercialeira com a palavra Ondulados) e um descritivo na capa, a decidir.

Em cima da mesa estão as frases:

"Um livro culto, elitista, xenófobo e um bocadinho filho da puta."

Hipótese previsível mas prontamente desaconselhada pela editora que, apesar de tudo, tem reservas quanto ao "politicamente incorrecto". Xenófo é a palavra perigosa.


"Assacinísmos em massa."

Ideia sugerida, mas em relação à qual os dois Ondulados então representados mostraram grande reticências.


"O Al Corão da filhadaputice."

A solução mais brejeira e absurda que até então ocorreu. Talvez seja uma boa aposta.


E por último surgiu um que muito me apraz! Imaginem lá isto numa capa:

"ONDULADOS - Os terroristas da geração Tulicreme."



Mas como este espaço também é feito por quem o lê e aprecia (porque quem não aprecia é uma escória repugnante) queremos saber a vossa opinião.

O espaço das "Postas" fica por isso aberto a votações ou sugestões e, obviamente, a imensas mensagens de parabéns.

Sociedadezinha miserável, preparem-se: os Ondulados vêm aí...


Rejubilantemente,
O Criador


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