quarta-feira, fevereiro 25, 2004
O Bloco tem onda.
Resolvi falar sobre esse estranho fenómeno social que é o Bloco de Esquerda. E sem querer acabei por criar aqui um bom headline para a promoção desta associação recreativa. Perdão, partido político!
"O Bloco tem onda", poderia perfeitamente ser a síntese de tudo o que é dito publicamente em nome do Bloco. Em vez do Louça, a debitar palavras raivosas cheias de "R’s" carregados e esgares e loucura, a direcção deveria criar um hino de seu nome "O Bloco tem onda", para passar repetidamente nos comícios/concerto. Para o interpretar, sugeria desde já o Sandro G. E perguntam vocês porquê? Com aquela pronúncia de Rabo de Peixe, ninguém entende uma palavra! Não faz mal, porque assim como assim, o eleitorado do BE, tendo em conta a faixa étaria em que se insere (18 e 1 dia aos 19 e 3 meses) já está habituado a não perceber patavina dos discursos. Muito menos os discursos "meia-encosta" do Dr. Portas. Ora, já que não se entende, ao menos que se dance.
O Bloco até é "uma cena bem sacada". Marketing levado às últimas consequências. O produto é simples: O Bloco oferece-se como uma forma de afirmação pessoal em troca de um voto. A missão é humanitária: ajudar uma classe desfavorecida da nossa sociedade, composta por pessoas de ar perdido cujo último nome seja Louçã, Rosas ou Portas. E para ir de encontro ao target, até na merda dos grafittis os gajos se meteram. E depois as causas que defendem, que oscilam entre despenalização de drogas, liberalização do aborto, liberalização da prostituição, despenalização de drogas, preservativos gratuitos, liberalização do aborto... e por aí fora até à despenalização das drogas. Sexo, droga, sexo, droga, sexo, droga... Muito cool! Muito comercial.
Mas ao fim destes anitos de Bloco vocês, pequenitos eleitores, deviam começar a pensar duas vezes... Será que ainda é fixe ser do Bloco? Ou já é tão previsível que não choca o suficiente?
Se a ideia é ser do contra, então porque não ser do PC? É que isso é mesmo de loucos! E pode ser considerado "muito fora". É como gostar de bandas antigas. Como chegar a um grupinho de liceu e dizer que se ouve Kraftwerk. Fica tudo espantado!
"Curtes Carvalhas? Tu é que és maluco!!!"
Analíticamente,
O Criador
Postas-[ postas.]
Resolvi falar sobre esse estranho fenómeno social que é o Bloco de Esquerda. E sem querer acabei por criar aqui um bom headline para a promoção desta associação recreativa. Perdão, partido político!
"O Bloco tem onda", poderia perfeitamente ser a síntese de tudo o que é dito publicamente em nome do Bloco. Em vez do Louça, a debitar palavras raivosas cheias de "R’s" carregados e esgares e loucura, a direcção deveria criar um hino de seu nome "O Bloco tem onda", para passar repetidamente nos comícios/concerto. Para o interpretar, sugeria desde já o Sandro G. E perguntam vocês porquê? Com aquela pronúncia de Rabo de Peixe, ninguém entende uma palavra! Não faz mal, porque assim como assim, o eleitorado do BE, tendo em conta a faixa étaria em que se insere (18 e 1 dia aos 19 e 3 meses) já está habituado a não perceber patavina dos discursos. Muito menos os discursos "meia-encosta" do Dr. Portas. Ora, já que não se entende, ao menos que se dance.
O Bloco até é "uma cena bem sacada". Marketing levado às últimas consequências. O produto é simples: O Bloco oferece-se como uma forma de afirmação pessoal em troca de um voto. A missão é humanitária: ajudar uma classe desfavorecida da nossa sociedade, composta por pessoas de ar perdido cujo último nome seja Louçã, Rosas ou Portas. E para ir de encontro ao target, até na merda dos grafittis os gajos se meteram. E depois as causas que defendem, que oscilam entre despenalização de drogas, liberalização do aborto, liberalização da prostituição, despenalização de drogas, preservativos gratuitos, liberalização do aborto... e por aí fora até à despenalização das drogas. Sexo, droga, sexo, droga, sexo, droga... Muito cool! Muito comercial.
Mas ao fim destes anitos de Bloco vocês, pequenitos eleitores, deviam começar a pensar duas vezes... Será que ainda é fixe ser do Bloco? Ou já é tão previsível que não choca o suficiente?
Se a ideia é ser do contra, então porque não ser do PC? É que isso é mesmo de loucos! E pode ser considerado "muito fora". É como gostar de bandas antigas. Como chegar a um grupinho de liceu e dizer que se ouve Kraftwerk. Fica tudo espantado!
"Curtes Carvalhas? Tu é que és maluco!!!"
Analíticamente,
O Criador
sexta-feira, fevereiro 20, 2004
O Entrudo.
Após longa ausência pela qual, prontamente, O Criador apresenta o seu pedido de desculpas, os Ondulados voltam à carga. Como sabemos, o país atravessa um momento particularmente difícil e, por isso, aqui e ali ministros, autarcas e empresários vão-me pedindo opiniões para dar a volta à situação e, como tal, não me resta muito tempo livre.
A razão que me traz de volta é essa fantástica festa, o Entrudo. Acho que nunca tinha usado esta palavra, mas é bastante eloquente. Entrudo. "Segurança! Temos um Entrudo no sector B!"
Se há festa estúpida e lamentável, essa festa é o Carnaval. (para quem não sabe o que é Carnaval, é o mesmo que Entrudo.).
O Carnaval é a celebração epopeica da estupidez e da falta de respeito. Por conceito, este é um dia para libertar a estupidez. Ora, para quem não aprecia estúpidos, avizinham-se 24 horas francamente deprimentes.
Só há uma brincadeira de Carnaval que eu gostava de experimentar e que envolve uma guerra de bisnagas e um canhão de água do exército, no Carnaval de Ovar. O Criador tem movido as suas influências, mas pessoas com pouco sentido de humor e apreciadoras de concentrações de anormais e brasileiras com sotaque de fábrica de calçado têm-me, repetidamente, negado apoios.
Há ainda quem tente fazer-me ver o Carnaval com algum espírito de compreensão. Frequentemente, amigos dizem-me: "Oh pá, isto é a oportunidade de seres por um dia aquilo que gostarias de ser e nunca pudeste..." E é justamente quando eu começo a considerar que essa teoria talvez seja defensável e não completamente idiota, que encontro esses mesmos amigos vestidos de mulher...
Eh pá... Tudo bem... Ide vocês brincar ao Carnaval. Por mim, vou guardar esta farda e o pequeno bigode autocolante para outra ocasião qualquer...
Seriamente,
O Criador
Postas-[ postas.]
Após longa ausência pela qual, prontamente, O Criador apresenta o seu pedido de desculpas, os Ondulados voltam à carga. Como sabemos, o país atravessa um momento particularmente difícil e, por isso, aqui e ali ministros, autarcas e empresários vão-me pedindo opiniões para dar a volta à situação e, como tal, não me resta muito tempo livre.
A razão que me traz de volta é essa fantástica festa, o Entrudo. Acho que nunca tinha usado esta palavra, mas é bastante eloquente. Entrudo. "Segurança! Temos um Entrudo no sector B!"
Se há festa estúpida e lamentável, essa festa é o Carnaval. (para quem não sabe o que é Carnaval, é o mesmo que Entrudo.).
O Carnaval é a celebração epopeica da estupidez e da falta de respeito. Por conceito, este é um dia para libertar a estupidez. Ora, para quem não aprecia estúpidos, avizinham-se 24 horas francamente deprimentes.
Só há uma brincadeira de Carnaval que eu gostava de experimentar e que envolve uma guerra de bisnagas e um canhão de água do exército, no Carnaval de Ovar. O Criador tem movido as suas influências, mas pessoas com pouco sentido de humor e apreciadoras de concentrações de anormais e brasileiras com sotaque de fábrica de calçado têm-me, repetidamente, negado apoios.
Há ainda quem tente fazer-me ver o Carnaval com algum espírito de compreensão. Frequentemente, amigos dizem-me: "Oh pá, isto é a oportunidade de seres por um dia aquilo que gostarias de ser e nunca pudeste..." E é justamente quando eu começo a considerar que essa teoria talvez seja defensável e não completamente idiota, que encontro esses mesmos amigos vestidos de mulher...
Eh pá... Tudo bem... Ide vocês brincar ao Carnaval. Por mim, vou guardar esta farda e o pequeno bigode autocolante para outra ocasião qualquer...
Seriamente,
O Criador
quarta-feira, fevereiro 04, 2004
Prognósticos trocados ou substituição de jogadores?
Naquela interessante coluna do Expresso, onde várias individualidades portuguesas de diversas áreas são convidadas a fazer prognósticos sobre as jornadas futebolísticas, fez-se esta semana uma revelação interessante. No ranking de somatórios do score de todos os convidados ao longo da época, o último classificado (12º) era o Director do Record e o primeiro... Manuela Ferreira Leite!!!
Será que isto quer dizer que o Director do Record é que devia estar a fazer as previsões do défice?
Estou a brincar! Eu até admiro muito a Manuela Ferreira Leite e o António Costa.
A parte do António Costa era outra vez a brincar...
Vigilantemente,
O Criador
Postas-[ postas.]
Naquela interessante coluna do Expresso, onde várias individualidades portuguesas de diversas áreas são convidadas a fazer prognósticos sobre as jornadas futebolísticas, fez-se esta semana uma revelação interessante. No ranking de somatórios do score de todos os convidados ao longo da época, o último classificado (12º) era o Director do Record e o primeiro... Manuela Ferreira Leite!!!
Será que isto quer dizer que o Director do Record é que devia estar a fazer as previsões do défice?
Estou a brincar! Eu até admiro muito a Manuela Ferreira Leite e o António Costa.
A parte do António Costa era outra vez a brincar...
Vigilantemente,
O Criador
segunda-feira, fevereiro 02, 2004
Comparativo Super Dragões vs Colectivo 21
Não acreditaram mesmo que eu ia conspurcar o meu blog com tema destes, pois não? Isto não passa daquilo que em publicidade se chama um teaser . Ou seja, uma mensagem que tem como objectivo chamar a atenção, para algo que na realidade não merece qualquer atenção. É um bocado a filosofia deste blog.
Mas o pior é que vou mesmo falar de adeptos de futebol.
Sábado, O Criador envolto no seu manto de anonimato, juntou-se à plebe para almoçar no Velasquez, nas Antas. Como estou sempre por fora destas coisas do futebol, não me lembrei do jogo dessa noite (Sporting-Porto). A praça estava cheia de autocarros que iam levar os adeptos até esse derby . Se nunca se questionaram sobre a palavra derby fiquem pois sabendo que em inglês significa uma corrida de cavalos em Epsom (Inglaterra). O que, aplicado ao futebol português, não deixa de fazer algum sentido.
Estava então o pseudo-elitista Velasquez repleto de Evangelistas da Ordem do Dragão que, heroicamente, levariam até terras pagãs as sábias palavras do Santo Padrinho. Todos estes missionários de faces rubras, nenhum deles com cara de quem fosse capaz de recitar a tabuada dos 3, começaram lentamente a encher 6 autocarros.
Ao ver aqueles veículos cheios de membros de claques senti, pela primeira e última vez, algum respeito por aqueles que se dedicam a explodir autocarros na faixa de Gaza. Até comecei a fantasiar com um bom plano para os fazer estilhaçar em plena A1, naquele que seria um espectáculo nunca antes visto e capaz de fazer corar os produtores de Speed . Para o efeito recrutar-se-iam tantas pessoas quanto o número de autocarros. Os indivíduos tinham que ser pessoas capazes de fazer um sacrifício pelo nível intelectual médio português, mas cujas vidas pudessem também ser desperdiçadas sem ressentimentos. Pessoas cujo sucesso profissional fosse impraticável no nosso país. Por exemplo: um licenciado em Astronomia, outro em Física Nuclear, um Psicólogo com especialização em Ética, um motorista educado num colégio britânico, o Mariano Gago e por aí fora...
Mas o mais emocionante do que vi naquela praça, foi o momento da partida. A certa altura ouço pronunciar com a eloquência que só está ao alcance de uma serzideira: "Puôrto! Puôrto! Puôrto!" E à medida que os autocarros avançavam, destapavam o magnífico elenco composto por um grupo de cerca de 12 pessoas, maioritariamente mulheres, que acenavam e gritavam empunhando bandeiras e camisolas do clube. Visão mais encantadora do que a mulher da nossa vida com uma camisola do Jorge Costa, só mesmo aquela que se tem quando se acorda com uma cabeça de cavalo a ensanguentar a almofada do lado.
Sogras, filhas e mulheres despediam-se dos heróis, como se estes partissem para uma batalha da qual não se sabe se voltam. "Ide!! Coragem! Nós cuidamos das crianças e arrumamos as casa até à hora em que voltarem!"
Nem Magalhães, nem Cabral, terão tido um tão sentido adeus às suas tripulações.
Esta sim, é a verdadeira beleza do futebol!
Entusiasticamente,
O Criador
Postas-[ postas.]
Não acreditaram mesmo que eu ia conspurcar o meu blog com tema destes, pois não? Isto não passa daquilo que em publicidade se chama um teaser . Ou seja, uma mensagem que tem como objectivo chamar a atenção, para algo que na realidade não merece qualquer atenção. É um bocado a filosofia deste blog.
Mas o pior é que vou mesmo falar de adeptos de futebol.
Sábado, O Criador envolto no seu manto de anonimato, juntou-se à plebe para almoçar no Velasquez, nas Antas. Como estou sempre por fora destas coisas do futebol, não me lembrei do jogo dessa noite (Sporting-Porto). A praça estava cheia de autocarros que iam levar os adeptos até esse derby . Se nunca se questionaram sobre a palavra derby fiquem pois sabendo que em inglês significa uma corrida de cavalos em Epsom (Inglaterra). O que, aplicado ao futebol português, não deixa de fazer algum sentido.
Estava então o pseudo-elitista Velasquez repleto de Evangelistas da Ordem do Dragão que, heroicamente, levariam até terras pagãs as sábias palavras do Santo Padrinho. Todos estes missionários de faces rubras, nenhum deles com cara de quem fosse capaz de recitar a tabuada dos 3, começaram lentamente a encher 6 autocarros.
Ao ver aqueles veículos cheios de membros de claques senti, pela primeira e última vez, algum respeito por aqueles que se dedicam a explodir autocarros na faixa de Gaza. Até comecei a fantasiar com um bom plano para os fazer estilhaçar em plena A1, naquele que seria um espectáculo nunca antes visto e capaz de fazer corar os produtores de Speed . Para o efeito recrutar-se-iam tantas pessoas quanto o número de autocarros. Os indivíduos tinham que ser pessoas capazes de fazer um sacrifício pelo nível intelectual médio português, mas cujas vidas pudessem também ser desperdiçadas sem ressentimentos. Pessoas cujo sucesso profissional fosse impraticável no nosso país. Por exemplo: um licenciado em Astronomia, outro em Física Nuclear, um Psicólogo com especialização em Ética, um motorista educado num colégio britânico, o Mariano Gago e por aí fora...
Mas o mais emocionante do que vi naquela praça, foi o momento da partida. A certa altura ouço pronunciar com a eloquência que só está ao alcance de uma serzideira: "Puôrto! Puôrto! Puôrto!" E à medida que os autocarros avançavam, destapavam o magnífico elenco composto por um grupo de cerca de 12 pessoas, maioritariamente mulheres, que acenavam e gritavam empunhando bandeiras e camisolas do clube. Visão mais encantadora do que a mulher da nossa vida com uma camisola do Jorge Costa, só mesmo aquela que se tem quando se acorda com uma cabeça de cavalo a ensanguentar a almofada do lado.
Sogras, filhas e mulheres despediam-se dos heróis, como se estes partissem para uma batalha da qual não se sabe se voltam. "Ide!! Coragem! Nós cuidamos das crianças e arrumamos as casa até à hora em que voltarem!"
Nem Magalhães, nem Cabral, terão tido um tão sentido adeus às suas tripulações.
Esta sim, é a verdadeira beleza do futebol!
Entusiasticamente,
O Criador
