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segunda-feira, dezembro 22, 2003

PEQUENA REFLEXÃO

Porque é que nós, homens, habitualmente resistimos quando uma mulher nos tenta convencer a ir ver um comédia romântica e, invariavelmente, somo nós quem no fim sai da sala com o sorriso mais estúpido e pueril?

Emocionadamente,
O Criador

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sexta-feira, dezembro 19, 2003

Paciência de Durão

Para aqueles que, ao contrário d’O Criador, andarem menos atentos, o nosso Primeiro está em Angola, vítima de um convite pessoal do Presidente José Eduardo dos Santos para estar presente no casamento da sua bonita filha, com um sabido engenheiro português (sempre dados a grandes empreitadas estes nossos engenheiros...). Cerimónia para a qual foram convidados, entre outras figuras de destaque (????) portuguesas, Augustus, Cinha Jardim e mais 98 pessoas anonimamente ilustres.

Figuras estas que se irão juntar a mais alguns milhares de convidados. Tendo em conta a pobreza do país, calculo que este número de convidados se explique como um acto de caridade do presidente para com o seu povo necessitado. Isto porque ninguém acredita que vá haver comida em excesso para pessoas gordas naquele lugar, quando faz falta noutros pontos do país... Ou acredita?

E quando digo que Durão foi "vítima" de um convite, digo-o porque todos sabemos o quanto pode ser aborrecido estar presente num casamento onde não conhecemos ninguém e em que não temos descontracção suficiente para apanhar um pifo e sacar uma velhota (também ela tocada), para um pezinho de dança.


Então imaginei imediatamente dois cenários possíveis que passo a apresentar:


1º Cenário:

Durão, sozinho numa mesa com vários Angolanos, afirma timidamente enquanto afasta o prato de muamba vazio:

- Está quente hoje, não está?

E os seus companheiros de refeição, sem levantar os olhos do prato replicam:
- Isto àqui é sempri àssim, escamarada...

E Durão tenta de novo quebrar o gelo:

- Não imaginava a filha do Presidente tão bonita...! - provocando um súbito coro de olhares frios e pouco simpáticos...

Mais uns minutos de cortante silêncio quebrado apenas pelo mecanismo de meia dúzia de mandíbulas robustas e o inseguro Durão, entediado:

- Ufa... Está mesmo quente hoje, não está...?




2º Cenário


Para não se sentir deslocado, Durão é colocado na mesma mesa que Augustos e Cinha.

Após passar os vinte minutos iniciais da refeição a ouvir Cinha e Augustos comentar, entre e durante garfadas, o vestido da noiva, Durão procura desviar o assunto para algo em que os três possam ter opinião e solta um confiante:


- Está quente hoje, não está?

Ao que Cinha responde prontamente com uma expressão indignada:

- Oh Zé Manel, você também vem-me com esse fato escuro para um país destes... Tenha lá paciência! Oh Augustos, que é meu querido acha?

- Ah, eu não podia estar mais de acordo! Precisa de qualquer coisa mais levezinha, um caqui ou uma cor Camel ou..........


Pobre Durão... Volta que estás perdoado.


Preocupadamente,
O Criador




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PRESÉPIO PIO


O homem é genial! Quando esta semana Carlos Cruz estabeleceu aquele paralelismo irónico entre as vÍ­timas do processo Casa Pia e o Menino Jesus, a imagem ficou clara na cabeça dos Ondulados...

A afirmação que, desatentamente, foi classificada por muitos de gratuita e de profundo mau gosto, é no fundo a peça chave de um puzzle que se me afigura evidente. Ou seja, todos os protagonistas deste caso têm um lugar inequí­voco no Presépio mais vigiado do paí­s.

Quem ainda não está a ver bem a big picture, que me acompanhe no raciocí­nio:

- Carlos Cruz, Jorge Ritto e Ferreira Diniz como Reis Magos. À custa de presentes e de alguns camelos chegam ao contacto com o "Menino".

- Rui Teixeira como S. José. O carpinteiro protector, zeloso e trabalhador, tem o fardo de tomar conta de um puto que de quem não é pai, mas ri sempre. É incompreendido.

- Catalina Pestana como Maria. Tal como a Virgem, tem a difí­cil tarefa de convencer o povo de que é uma Santa e está sempre do lado do Menino.

- Bibi é, claramente, o Pastor desta história. Low-profile, faz o trabalho sujo no terreno, traja humildemente e fala pouco.

- Como cordeirinhos inocentes, temos os amigos de Carlos Cruz. Fialho Gouveia, Helena Sacadura Cabral, Rui Veloso e Joâo Braga (cabra velha e teimosa), são apenas alguns dos que passam a vida a jantar e a repetir frases inteligentes como: "Inocente, mééé, inocente!".

- O cão que ladra e se recusa a sair do curral protector da polí­tica é Gastão, também conhecido por Ferro.



Por último, os grandes responsáveis pelo calor que se faz sentir no Presépio:

- A Vaca (leiteira) é a Imprensa. Embora pareça preocupada em manter a criança confortável, só tem olhos para a manjedoura, independentemente de quem a ocupa.
(2003 anos depois, ainda tenho dúvidas se era um boi ou uma vaca. Acho que a teoria da Vaca é economicamente mais fundamentável, por causa do leite e etc., até porque nunca vi uma Virgem dar leite)

- Finalmente o Burro, bem representado pela Opinião Pública. Teimosa, inocente e sedenta de palha.


Finalizando,
O Criador






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quarta-feira, dezembro 17, 2003

PORQUE É QUE AS "JOTAS" DE DIREITA ESTÃO OUT?


Ser um "jotinha" pode ser consideradoin em certos sectores da sociedade portuguesa. Mas ser um "jotinha" de direita está definitivamenteout.

E não se pense que isto se resume ao facto do Paulo Portas usar bonés à  pensionista e o Francisco Louçã vestir camisolas de marca muitocool (e sem o borboto tão caracterí­stico das vestes clássicas da JCP).

É simplesmente porque, enquanto os J's de esquerda assumem a irreverência e liberdade de pensamento próprias da juventude, os de direita têm apenas gestos tí­midos de quem aspira a ser um "fora", mas a quem as freiras do colégio e a mão severa do papá, não permitem grandes veleidades...

E é por isto que, ao passo que os esquerdistas defendem a legalização do aborto, os sociais-democratas apelam apenas à  descriminalização.

Porque não assumirem, também eles, que querem uma segunda chance a seguir à  pilula do dia seguinte, depois daquele engate da semana anterior feito à  custa do cartão de militante?


Sempre atento,
O Criador
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AS FITAS DA QUEIMA.


A Associação Académica de Coimbra (AAC), vai levar a cabo um referendo no sentido de apurar a opinião dos estudantes acerca da eventual suspensão da Queima das Fitas, como forma de protesto pela política do Governo para o sector.

Este é um sinal evidente da angústia de que estão a ser vítimas os estudantes. Isto porque, como se sabe, para os académicos deste país, uma greve de sede é 100 vezes mais aterradora que uma greve de fome. Mas talvez assim alguém repare no sofrimento destes jovens.

Há no entanto quem defenda um outro ponto de vista:

Sabe-se que esta medida partiu da iniciativa do Presidente da AAC, recentemente deposto, Vitor Hugo Salgado. Ora não será que esta é apenas uma forma máscula para dissimular uma intenção de poupança?

É que o dinheiro gasto em copos, Guronsan e gasolina ao longo da semana da Queima, deve cobrir na totalidade o valor da propina máxima.

E embora possa haver um ou outro universitário com coordenação motora suficiente para apontar o dedo denunciador a Vitor Hugo, eu compreendo...

É que a mim ninguém me tira que naquela idade, é mais do que certo que o ex-Sr. Presidente tenha por aí no anonimato uma família com 4 filhos e 2 netos que urge sustentar e educar.


Atentamente,
O Criador
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